Hoje se faz aqui no blog uma homenagem a um grande ícone da música popular brasileira, grande poeta e amado artista que reinou nas décadas de 1970 e 1980 que nos deixou a exatamente 20 anos.
Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza nasceu no Rio de Janeiro no dia 4 de abril de 1958. Foi um cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como símbolo da sua geração como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".
Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira do final do século XX. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".
Tido como um grande símbolo musical e inspirador de toda uma geração, causou inúmeras polêmicas e como muitos outros esteve a frente de seu tempo. Cresceu no bairro do Leblon, rodeado de pessoas da classe média alta carioca, mas muito se envolveu com o mundo da libertinagem aderindo ao estilo rock n’roll, passou a consumir drogas e a viver de exageros. Também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio, tendo declarado em entrevistas que era bissexual.
Entretanto, este é apenas um lado marcante de sua tragetória, o que não impedio de ser amado por inúmeros fãs de todos país e que ainda o lembram como aquele garoto idealista, sonhador que contribuiu muito para mudar toda uma nação. Através de mensagens impactantes para a sua época, ele não se cansou de expressar seu anceios mesmo com a censura e a opressão características no Brasil de sua época.
O garoto Exagerado, como é conhecido fez curso de fotografia na Universidade de Berkley em São Francisco. Lá ele Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira.
Fazendo parte do Barão Vermelho lançou três albúns de estúdio: Barão Vermelho, Barão Vermelho 2 e Menor Abandonado, respectivamente em 1982, 1983 e 1984. Deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois. Ezequiel Neves, que ainda trabalha com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza
Na carreira solo, lançou 5 álbuns: Exagerado, Só se for a dois, Ideologia, O tempo não para e Burguesia em 1989. Deixando 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.
Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza parte novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro. Tendo declarado a público neste mesmo ano que era soropositivo.
No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nome da música brasileira, ele tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção "Perto do fogo", que Rita musicou.
Mesmo levando uma vida desregrada e de prazeres intensos, era notável que o Poeta do Rock não poderia ir muito longe. Pelo tempo e que ainda vai passar, ficará sempre em nossa memória tudo o que pode ser apreciado daquele garoto rebelde e ousado.
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